Senhores, tem Festa no Mundo do Samba e dos Botequins: hoje a nossa querida G.R.E.S. Portela está completando aniversário. 89 anos de vida muito bem vividos, a favor da Cultura Nacional.
A Portela, gloriosa águia azul e branca de Oswaldo Cruz e Madureira, vinte e uma vezes Campeã e chamada de Majestade do Samba, berço de N baluartes, sambistas, malandros, menestréis e clássicos da nossa Música, além de desfiles antológicos que sacudiram vários locais da história também embala uma linda história Rubro-Negra de pai e filho: João Nogueira, ilustre portelense dos anos 70, foi o elo mais forte e duradouro que o Samba-Enredo fez com o Futebol através da Portela.
Era a Tríade da Paixão presente em Oswaldo Cruz e Madureira.
Foi ele, que além de cantar o próprio gênero do samba-enredo e o samba de raíz, razões da existência da Portela, também aproximou a agremiação a paixão pelo Flamengo. O Futebol e o Batuque, como não poderia deixar de ser, passou a ser um lugar comum entre sambistas e boleiros. E assim, era possível conciliar os dois amores: o Flamengo e a Portela.
Enquanto a Portela brilha nos Carnavais, João grava de Wilson Batista o clássico futebolístico “Samba Rubro-Negro”, para o Mengão (Flamengo joga amanhã, eu vou pra lá….vai haver mais um baile no Maracanã”), e o samba de quadra “Sonho de Bamba” para a Portela. Mas um terceiro amor veio para fazer o Azul e Branco da Portela um pouco mais Rubro-Negro.
Justamente o amor que João cantava, sem saber, na sua canção mais ilustre: “Espelho”, que dizia que “a vida era boa porque podia fazer canções como as que fez meu pai”, se torna realidade, pro bem da Portela e do Flamengo.
Logo após sua morte em 2000, seu filho Diogo Nogueira não só regrava “Espelho”, exatamente uma declaração de amor de pai pra filho e filho pra pai, e também se torna um dos artistas mais badalados do gênero do samba e um dos compositores mais vitoriosos da agremiação nos últimos anos, levando a Portela de volta ao Desfile das Campeãs em 2008.
Flamenguista como o pai, Diogo Nogueira também faz uma versão atualizada do clássico de Wilson Batista, consagrado por João. Os sambas-enredo e as obras consagradas pelo velho e saudoso João são homenagem mais do que justas a Portela, ao Flamengo e a Cultura Popular. Novamente, a tríade Samba, Futebol e Família ganhava o seu valor.
E hoje, no aniversário da nossa querida Portela, o Blog EU, RADAMÉS Y PELÉ reúne o Samba-Enredo, o Futebol e o DNA de cada talento brasileiro para festejar o que Madureira e Oswaldo Cruz nos presenteou de melhor: João, Diogo e a Sapucaí em festa.
Feliz Aniversário, Portela ! Tem festa no céu onde águia voa e tem festa no chão, onde mulata samba.
Até mais !
Luís Butti
Twitter: @luisbutti