Todo Azul que o Rubro-Negro tem: A Suprema Tríade da Paixão na Majestade do Samba

Nos tempos de João, a Majestade do Samba Campeã do Carnaval: esta foi em 1970.

Nos tempos de João, a Majestade do Samba Campeã do Carnaval: esta foi em 1970.

Senhores, tem Festa no Mundo do Samba e dos Botequins: hoje a nossa querida G.R.E.S. Portela está completando aniversário. 89 anos de vida muito bem vividos, a favor da Cultura Nacional.

A Portela, gloriosa águia azul e branca de Oswaldo Cruz e Madureira, vinte e uma vezes Campeã e chamada de Majestade do Samba, berço de N baluartes, sambistas, malandros, menestréis e clássicos da nossa Música, além de desfiles antológicos que sacudiram vários locais da história também embala uma linda história Rubro-Negra de pai e filho: João Nogueira, ilustre portelense dos anos 70, foi o elo mais forte e duradouro que o Samba-Enredo fez com o Futebol através da Portela.

Era a Tríade da Paixão presente em Oswaldo Cruz e Madureira.

Foi ele, que além de cantar o próprio gênero do samba-enredo e o samba de raíz, razões da existência da Portela, também aproximou a agremiação a paixão pelo Flamengo. O Futebol e o Batuque, como não poderia deixar de ser, passou a ser um lugar comum entre sambistas e boleiros. E assim, era possível conciliar os dois amores: o Flamengo e a Portela.

Enquanto a Portela brilha nos Carnavais, João grava de Wilson Batista o clássico futebolístico “Samba Rubro-Negro”, para o Mengão (Flamengo joga amanhã, eu vou pra lá….vai haver mais um baile no Maracanã”),  e o samba de quadra “Sonho de Bamba” para a Portela. Mas um terceiro amor veio para fazer o Azul e Branco da Portela um pouco mais Rubro-Negro.

Justamente o amor que João cantava, sem saber, na sua canção mais ilustre: “Espelho”,  que dizia que “a vida era boa porque podia fazer canções como as que fez meu pai”, se torna realidade, pro bem da Portela e do Flamengo.

Diogo Nogueira: o pai, a Portela e o Flamengo no coração.

Diogo Nogueira: o pai, a Portela e o Flamengo no coração.

Logo após sua morte em 2000, seu filho Diogo Nogueira não só regrava “Espelho”, exatamente uma declaração de amor de pai pra filho e filho pra pai, e também se torna um dos artistas mais badalados do gênero do samba e um dos compositores mais vitoriosos da agremiação nos últimos anos, levando a Portela de volta ao Desfile das Campeãs em 2008.

Flamenguista como o pai, Diogo Nogueira também faz uma versão atualizada do clássico de Wilson Batista, consagrado por João. Os sambas-enredo e as obras consagradas pelo velho e saudoso João são homenagem mais do que justas a Portela, ao Flamengo e a Cultura Popular.  Novamente, a tríade Samba, Futebol e Família ganhava o seu valor.

E hoje, no aniversário da nossa querida Portela, o Blog EU, RADAMÉS Y PELÉ reúne o Samba-Enredo, o Futebol e o DNA de cada talento brasileiro para festejar o que Madureira e Oswaldo Cruz nos presenteou de melhor: João, Diogo e a Sapucaí em festa.

Feliz Aniversário, Portela ! Tem festa no céu onde águia voa e tem festa no chão, onde mulata samba.

A capa do LP "Vem Que Tem" de João Nogueira de 1972: um samba de botequim e a camisa rubro-negra presente na ilustração.

A capa do LP "Vem Quem Tem" de João Nogueira de 1972: um samba de botequim e a camisa rubro-negra presente na ilustração.

A Portela, nos dias atuais: legado de João, Diogo e tantos outros completando 89 anos.

A Portela, nos dias atuais: legado de João, Diogo e tantos outros completando 89 anos.

Até mais !

Luís Butti
Twitter: @luisbutti

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