ATENÇÃO – MUDAMOS !!!!

Caros amigos do Blog EU, RADAMÉS Y PELÉ, estamos mudando de casa !

A partir de hoje estamos em um novo endereço. Os posts antigos estarão disponíveis na nova home, e este Blog no endereço do Wordpress (apesar do site seguir em nosso painel de controle do site) não será mais atualizado.

Redirecione seu browser para o endereço abaixo:

 

www.euradamesypele.com.br

 

Te espero lá !

Grande abraço !

Luís Butti
Twitter: @luisbutti

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Aos Meus, Tudo….Aos Outros, A Lei ! – Por Victor Raphael

Caros amigos do Blog EU, RADAMÉS Y PELÉ, é o seguinte: conforme prometido, o nosso amigo tricolor e colaborador deste espaço, Victor Raphael, iria postar alguns textos na minha ausência. Por um problema técnico, o mesmo não conseguiu postar em Outubro. Mas os textos, extremamente ácidos e polêmicos, estão em minhas mãos.

Aí vai o primeiro, em grená, nas cores de seu Fluminense, que está prestes a ser mais uma vez, Campeão Nacional. E o texto, extremamente ácido e bem dolor, como o mesmo me disse, segue abaixo.

Divirtam-se com meu amigo Victor Raphael. Em breve, voltarei e trago a quarta parte da Série Dossiê.

Até mais !

Luís Butti
Twitter: @luisbutti

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Caros torcedores…

Não cobrem deste que vos fala a vocação para ser carola nem vaca de presépio, e com isso, agradar todo mundo. Como bom cristão que sou, faço como Ele, o maioral, e não faço a menor questão de ser unanimidade. E vou mais além: dou a cara a tapa, mas so depois de afundar o dedo nas feridas que ninguém quer por a unha.

E se depender de mim, com direito a banho de Merthiolate (o que arde, não esse agua de loção dos dias atuais). E é desse jeito que vou falar sobre um dos assuntos mais espinhosos do futebol brasileiro: A conivência torpe dos torcedores com as falcatruas que seu clube comete.

É, a paixonite desenfreada por um clube pode causar um conflito e até mesmo uma deturpação ética nos torcedores, o que é ridículo. Por que? Ora, caro amigo, como vossa senhoria quer criticar politico corrupto se o senhor mesmo, por exemplo, quer pagar aquela cervejinha ao guarda de transito para se livrar de uma multa? O desvio de conduta, a raiz é a mesma. Mudam as cifras, mas a fundamentação criminal é exatamente a mesma.

Parece cruel? Tem de ser. Porque o que acontece com algumas de nossas torcida beiram as raias da loucura. Me desculpe quem ache o contrario, mas eu acho o Clube de Regatas do Flamengo um dos maiores dutos de falcatrua, despejo de dinheiro, mamação tetária, além do amadorismo peculiar do clube carioca, que possa existir no futebol nacional.

Um clube que há DÉCADAS é refém de conselheiros que agem ao seu bel-prazar defecando e caminhando para o patrimônio clubistico, sendo escamoteado do grande publico com os títulos do clube no campo. Pois bem, quando eles acabam o torcedor rubro-negro subitamente “lembra” de tudo isso. Porque enquanto ta ganhando, pode sucatear tudo, o que importa é a faixa.

O torcedor Corinthiano não quis saber dos 11 jogos anulados pelo Brasileirão de 2005, onde o seu próprio presidente , Alberto Dualib, faz uma declaração interessantíssima, sobre o jogo decisivo contra o Internacional ( Ah, sou leviano? O Uol também é – http://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas/2007/09/24/ult59u131531.jhtm ) .

E o que dizer sobre os dutos de lavagem de dinheiro como Hicks Muse, Excel, MSI  e afins? Pouco importa, tem craque vindo todo ano, isso que interessa,. E o pior, falou horrores sobre o arquirrival Palmeiras, que sofreu e se beneficiou do mesmo esquema da hoje falida Parmalat. É o sujo falando do mal-lavado.

O Grêmio subiu em 1992 para a série A fruto de uma manobra que fez com que 12 clubes subissem de uma vez só para a Primeira Divisão. Algo inimaginável se o decimo segundo fosse o Democrata do Espirito Santo.

Petraglia, do Atlético Paranaense. Apenas mais um exemplo da Lei de Gérson pró-clubes.

Petraglia, do Atlético Paranaense. Apenas mais um exemplo da Lei de Gérson pró-clubes.

O Fluminense e o Bahia subiram em 1997 e 2000 graças a uma trapalhada monstro de Gama (que entrou na justiça comum para anular o próprio rebaixamento) e das negociações entre Dualib (olha ele ai) e Petraglia (Atletico-PR) que, numa gestão de futebol séria, provocaria o descenço das duas equipes, mas apenas forçou a mais uma manobra mandrake do futebol, e fez o Fluminense (meu clube do coração) a subir pro Moribunda e Morfética Copa João Havelange.

E você torcedor? Foi la protestar contra a patacoada desmoralizante da qual o seu time participou?

Não né… porque o que impera no País é a Lei de Gerson. Reflitam sobre isso, porque afinal de contas, possivelmente quando ligar a sua alienante TV e der de cara com denuncias contra pessoas outrora ilibadas, antes de atirar a pedra, terá de enfaixar a si próprio.

Victor Raphael
Twitter: @VictorRapha

NOTA DO BLOG: A CONVITE DE LUÍS BUTTI, VICTOR RAPHAEL (ALÉM DE DEMAIS CONVIDADOS QUE AGUARDAMOS TEXTOS QUANDO E COMO QUISER), ESCREVE ESPORÁDICAMENTE NESTE ESPAÇO, COM A MESMA QUALIDADE E A MESMA SERIEDADE COMO SE ESCREVESSE TODO DIA.

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Dossiê: Académica de Coimbra

Amigos leitores do Blog EU, RADAMÉS Y PELÉ, em primeiro lugar, obrigado pelo sucesso das duas primeiras edições da Série Dossiê com Napoli e Chelsea. O ibope do blog esteve acima da média nos dois dias. Hoje, partimos para a terceira parte da série, com uma equipe, digamos assim, nada mainstream no imaginário do boleiro.

Se trata da surpreendente Briosa, mais conhecida como Académica de Coimbra (com acento agudo mesmo), em Portugal.

Académica de Coimbra

Mais conhecida pelas suas Faculdades que são referência no mundo todo, além da célebre música gravada pelo Rei Roberto Carlos nos anos 60 no LP “Jovem Guarda”, Coimbra era uma cidade que, a princípio não havia nada muito relevante para nos apresentar no Futebol.

Inicialmente, a busca remota por algo da bola seria por souvenirs da pequena Naval, outro clube local, que disputa as divisões inferiores de Portugal. Quando chegamos a recepção do simpático Hotel Oslo em Coimbra, passava um jogo do Sporting Lisboa contra o Moreirense na TV, o qual selava a eliminação inacreditável do clube da capital na prorrogação perante um clube mais fraco do interior por 3×2, de virada.

Ainda quando o Sporting vencia por 1×0, perguntei ao Gerente do Hotel, que nos recebia naquela noite que ventava muito, sobre sua preferência clubística. O mesmo dizia que era torcedor do Benfica e também do Académica.

Benfica, ok. Qualquer um sabe o que é Benfica. Mas confesso que fiquei com pulga atrás da orelha sobre o Académica. Subi para meu quarto tentando lembrar do segundo clube do Gerente. E nada.

Confesso que me recordava pouco do clube da cidade universitária da Terrinha, exceto de, que era sempre o primeiro clube, na ordem alfabética de games como o PES e o FIFA quando escolhíamos clubes portugueses.

Em tempo: note como um simples game de Futebol pode colocar pequenos times do interior brasileiro e de todo o mundo no imaginário dos boleiros de qualquer canto do planeta, mesmo que de forma superficial.

Hall de Entrada do moderníssimo Estádio EFAPEL. A estrutura do Académica me surpreendia muito positivamente.

Hall de Entrada do moderníssimo Estádio EFAPEL. A estrutura do Académica me surpreendia muito positivamente.

Mais tarde, subi até o bar do Hotel (na cobertura) pra ver o resto do jogo do Sporting Lisboa. Pedi duas Super Bocks e fiquei só de olho na reação do pessoal.

O bar do Hotel estava lotado de senhores torcedores do Leão, que se desesperavam ao ver a virada do Moreirense pra cima do clube do Alvalade XXI e uma porrada de bolas chutadas pelo Sporting bater na trave ou o goleiro do Moreirense operar milagres. E nada de “golo” pro Leão, que se despedia melancólicamente da Taça.

A poucos segundos da partida acabar, selar a eliminação do Sporting e a demissão do técnico Oceano (ídolo do Sporting Lisboa nos anos 80 e hoje, treinador), uma senhora, com forte sotaque lisboeta, murmura:

“O Académica vais ser campeão de novo da Taça de Portugal, ó pá….”

E eu tentando conjuminar que caralhos seria o tal de Académica, que eu não me recordava de seus trunfos em Portugal, quiçá internacionais. Já de volta ao quarto, no meu imaginário, ainda não estava claro. Resolvi ir dormir e esquecer o Académica temporariamente.

No dia seguinte, sairíamos da cidade rumo a outros destinos lusitanos. Por ali, era apenas um pernoite para conhecer a Faculdade e demais pontos turísticos. De cara, já achei um cachecol do Académica (isso porque procurava um da Naval) e já descobria duas informações.

Informações, talvez banais para torcedores do clube, mas de alta relevância para este que vos escreve: que o apelido do clube era Briosa (assim como a nossa querida Portuguesa Santista no Brasil) e que o Académica era preto e branco (jogava todo de preto em homenagem ao uniforme dos estudantes da universidade local). Já gostei das cores (risos).

Na banquinha de souvenirs, perguntei a simpática senhora lusitana que vendia cachecóis sobre qual era a cidade do Académica, e ela me respondia que era de Coimbra mesmo. Aaaaaaaaaah, pronto. Aí caiu a ficha do dia anterior sobre o time do coração do Gerente do Hotel Oslo.

Paguei sete euros, comprei o cachecol, e segui o passeio pelo centrão de Coimbra. Obviamente, material dos três gigantes portugueses (Benfica, Sporting Lisboa e Porto) era bem mais presente do que produtos do Académica. Porém, ele aparecia também. Era possível ver em outras lojas, diversos modelos de cachecóis do clube.

Após a visita na clássica Faculdade, uma surpresa, descendo a rua para pegar a famosa Auto-Pista (estrada) e seguir pra outro lugar: eis o maravilhoso Estádio EFAPEL, (Naming Rights de uma empresa enorme de aparelhagem elétrica para instalações domésticas (tomadas, interruptores, etc)).

E não pára por aí. Mesmo sem dar nome a nada, o Académica também possui patrocínio da gigante norte-americana Herbalife.

Caras, que estádio meia-boca, que nada. Com 30.000 lugares, todo moderno, chique e com um escudo enorme do Académica de Coimbra. Acima dele, um logo maior ainda da Europa League 2012/2013, e abaixo, em tamanho reduzido, os três adversários do Académica na competição.

O clube de Coimbra era um dos 3 portugueses no torneio (os outros dois são o Marítimo e o Sporting Lisboa).

Entre os adversários de grupo, inclusive o Atlético de Madrid, da sensação atual do momento, o colombiano Falcão Garcia. Os outros dois adversários da fase de grupos para o clube do EFAPEL eram o Hapoel Tel-Aviv de Israel e o Viktoria Plzen, da República Tcheca.

Sim, apesar de interiorano, o Académica se tornava um time internacional: mais adentro, descobríamos que seu material era fornecido pela Nike e era o atual Campeão da Taça de Portugal 2011/2012, derrotando o Sporting Lisboa na Final por 1×0, lhe dando o direito de disputar a Europa League.

Banner da Europa League no Estádio EFAPEL. Projeção internacional.

Banner da Europa League no Estádio EFAPEL. Projeção internacional.

Tiramos algumas fotos do EFAPEL, embora em um momento breve, pois precisávamos ir embora. Não seria possível visitar, pois ele estava fechado. Mas, do lado de fora, se revelava um estádio do interior extremamente bem cuidado, e por dentro, um time Campeão Nacional disputando com o Braga e com o Marítimo para virar a quarta potência atual do país.

Mais tarde, na web, descubro que o EFAPEL não era moderno e com cara de estádio de Metrópole por acaso: o mesmo sediou jogos da EuroCopa 2004 (aqueeeeela, que Portugal de Scolari sucumbia na Final para a pragmática Grécia por 1×0, no Estádio da Luz). Provavelmente se tratava de um Estádio 4 ou 5 Estrelas da UEFA.

E isso em uma cidade interiorana e universitária. Clube estruturado, pronto pra brigar contra os gigantes da capital e de outros países, com Naming Rights e patrocinador internacional.

Uma bela aula para clubes como Guarani, Ponte Preta, Criciúma, Juventude, Joinville, Ipatinga, São Caetano, Santo André e Barueri, demais clubes fora de capitais, que já tiveram alguns momentos de lampejo no cenário nacional e hoje, encontram-se meio sumidos quando comparados aos gigantes. Dá sim, para ser como o Académica. E olha que financeiramente no esporte, estamos muito acima da Terrinha.

A lição que tiramos de Coimbra ? Uma Faculdade consagrada pode nos ensinar, talvez até por administração de futebol por osmose (risos).  Como transformar um clube modesto (mas com uma grande torcida no país) em sensação internacional. Entre estudantes e professores, na bola, temos uma jóia portuguesa, com certeza.

O EFAPEL lotado. Cena que infelizmente não pude ver ao vivo.

O EFAPEL lotado. Cena que infelizmente não pude ver ao vivo.

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Dossiê: Chelsea

Caros amigos do Blog EU, RADAMÉS Y PELÉ, após o sucesso da primeira edição com o Napoli de Diego Maradona e cia, apresentamos a segunda edição da Série Dossiê. Viajamos para outro país bastante forte no Futebol e trazemos o que vimos dos londrinos do Chelsea.

Chelsea

Atual Campeão da UEFA Champions League, sensação da geração atual em videogames e mais conhecido do povão não-fanático como provável adversário do Corinthians no Mundial de Clubes da FIFA no próximo mês, os ingleses do Chelsea, do contrário que alguns pensam, não nasceu de ontem para hoje.

Um estranho no ninho. E com camisa do provável rival do mês que vem. Vai, Corinthians !

Um estranho no ninho. E com camisa do provável rival do mês que vem. Vai, Corinthians ! Ao fundo, os orientais que foram ignorados dentro da loja.

Sua história nasceu de uma rivalidade ferrenha, quase de bairro com o Fulham (que também terá um capítulo no Dossiê – sim, o Craven Cottage também foi visitado), e que de 2003-2004 pra cá (podemos cravar este biênio como o Boom do Futebol Moderno na Europa, com o surgimento das Mega-Arenas), ganhou mais três rivais. O Arsenal, o Tottenham e o Manchester United, mesmo este terceiro sendo de outra cidade.

O Chelsea teve décadas de muito sofrimento nos anos 70 e 80, quando via outros clubes ingleses, principalmente Liverpool e Manchester United com anos e anos de sucesso. E os Blues não conseguiam emplacar como gigantes da Terra da Rainha.

Foi muito custo e trabalho até chegar a Era de Gullit, Zola, Leboeuf, Vialli além do atual técnico Roberto Di Matteo, nos anos 80 e 90 (principalmente 90). Somados aos heróis da UCL 2011-2012 como Drogba, Cech, Terry e Lampard, estes são os grandes ídolos do Chelsea nas últimas três décadas.

Os astros do título europeu podem ser vistos em vários painéis publicitários no redor do estádio, enquanto os mitos dos anos 80 e 90, alguns deles levam nomes de Salas VIPs no Stanford Bridge. Salas Zola e Vialli, por exemplo, podem ser vistas. Craques das primeiras décadas dos Blues também tem espaço entre os VIPs.

Salas com nomes dos astros. Idéia legal dos Blues

Salas com nomes dos astros. Idéia legal dos Blues

Turbinados pelo dinheiro do magnata russo Roman Abramovich, o Chelsea, que nunca foi um clube extremamente popular como os seus rivais, ainda engatinha na arte da simpatia e de angariar torcedores quando comparado a Arsenal, Liverpool e Manchester United (embora a gente não tenha visitado os dois últimos).

E, com toda essa história recente porém vitoriosa, resolvemos visitá-lo. Sim, com a camisa do Corinthians, na caruda, mesmo na eminência de um confronto que tem chances grandes de acontecer no mês que vem.

Ao nosso lado no Museu, havia um grupinho de turistas orientais, que sabe Deus porque, foram até certo ponto ignorados pelos funcionários do clube. Mesmo com este que vos escreve usando a camisa de seu provável rival em Dezembro e se Deus quiser, Bicampeão do Mundo, fui bem tratado pelos caixas da loja. Já os funcionários do Museu são bem “fresquinhos” e com ar de superioridade.

A propósito, a loja também é bem reduzida se compararmos com os clubes que citamos acima. O Paris Saint-Germain também tem o mesmo problema (verão em breve no Dossiê do PSG). Vejam as fotos e comparem vocês mesmos com a loja de seus clubes. Não dá para se chamar de “Mega-Store” como acontece em outras.

O que o Brasil fica devendo comparado a elas é em variedade de produtos off-Futebol. Se vê muita coisa pro dia a dia, coleção verão, coleção inverno, coleção pijama, coleção social, etc etc etc….Europeu é louco por moda, e no Futebol não poderia ser diferente. Conforme o clube, tem até catálogo da temporada pra trazer e comprar via web.

Já no interior da loja, brincadeiras de ambos os lados sobre o Mundial de Clubes obviamente aconteciam, mas se notava um certo ar de arrogância perante os demais na loja, como os orientais e outros visitantes. Não é o mesmo calor humano visto em outros clubes europeus. O Tour no Stanford Bridge não foi possível fazer por incompatibilidade de horários, mas fizemos a visita no Museu.

O Museu do Chelsea deve BASTANTE a demais Museus de clubes europeus e sul-americanos, principalmente a Boca Juniors, São Paulo, River Plate, Internacional, Flamengo e Corinthians. A impressão que dá é que virou popular do dia para a noite e não está sabendo lidar com isso nem dentro da própria Inglaterra, imagine internacionalmente.

Túnel de entrada do pequeno Museu do Chelsea. 70% do Museu é quadro e pára por aí.

Túnel de entrada do pequeno Museu do Chelsea. 70% do Museu é quadro e pára por aí.

O Museu do Stanford Bridge (que é o típico estádio inglês, quadradão, chique, mas sem muitas modernidades como no Emirates ou no Old Trafford) praticamente se resume em quadros, glórias particulares de atletas e material publicitário da Adidas, referente a UCL 2011-2012.  Pouca coisa comparado a demais.

Ah, não é permitido tirar fotos com a Taça da UCL 2011-2012. Isso se paga a parte. 10 libras a foto (lembrando que a Inglaterra não faz parte da Zona do Euro). Mas isso já não é exclusividade dos Blues. Nos clubes portugueses também não é permitido. No Arsenal é.

Diferente do Arsenal, que brota gente do esgoto, mesmo em evidência midiática é bastante raro ver camisas do Chelsea pelas ruas de Londres. Até mesmo nos arredores do Stanford Bridge não se encontra. É dentro do clube e olhe lá. Se procurar bem, é mais fácil encontrar do Fulham ou até mesmo do Arsenal. O curioso é que nenhum dos três parece ser Elite, mesmo o povo do Chelsea ser mais “secão”.

Aliás, é o grande golpe sofrido pelo Arsenal é a maldita Champions League. Apesar de, em relação ao Chelsea, ter mais torcida, estádio mais moderno, ídolos de mais reconhecimento internacional, um Museu superior, o Chelsea se tornou, por acidente ou competência, isso não importa, o primeiro clube de Londres a vencer a Champions League. E isso causa um incômodo profundo em qualquer Gunner (Gunner = torcedor do Arsenal).

Os outros clubes ingleses a ter tal feito são Nottingham Forest (Nottingham), o Aston Villa (Birmingham), o Manchester United (Manchester) e o Liverpool, da cidade homônima.

A impressão sobre o Chelsea foi meio torta, não passou lisa como em outras equipes. Não sei se é pelo fato do Mundial de Clubes ou pela comparação inevitável com os demais clubes visitados. Se houvesse uma palavra para resumir o clube de Stanford Bridge seria “vazio”. Parece que falta algo abstrato ali. Não é taça nem é ídolo. É mais carisma mesmo.

No Fulham também tem pouca taça e ídolo, mas tem carisma. E quando falamos de relacionamento com o fã do esporte, é isso que conta.

Se nada de anormal acontecer, teremos um novo encontro com o Chelsea mês que vem. Desta vez, como adversário e não como turista. E deste encontro, faço questão de sair vencedor.  Fora de campo, no carisma, gigantismo e popularidade, já está 3×0 para o Timão.

Loja do Chelsea. Deve bastante a demais clubes europeus e sul-americanos. Inclusive brasileiros.

Loja do Chelsea. Deve bastante a demais clubes europeus e sul-americanos. Inclusive brasileiros.

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Dossiê: Napoli

A Série Dossiê, do Blog EU, RADAMÉS Y PELÉ, conforme prometido, começa hoje. Caso a caso, clube a clube, mostraremos um Raio X de tudo o que vimos, sentimos, compramos e vivenciamos. Itália, Inglaterra, Portugal, França, entre outros foram cenários de experiência futebolística.

Napoli

Um clube que nasceu modesto, com uma torcida apaixonada e com grandes ídolos no final dos anos 80. Nosso primeiro contato com o Napoli na Europa não foi exatamente no Estádio San Paolo, nem sequer em Nápoles. Aliás, nem na Itália foi. O contato aconteceu na Áustria.

Não, a intenção não era encontrar materiais da equipe italiana que consagrou Diego Maradona. A intenção era encontrar algo do Rapid Viena, do Salzburg ou de outro clube austríaco que pudesse incrementar o nosso material.

Mas, numa pausa em um posto de gasolina no interior austríaco (em uma cidade que, certamente não irei lembrar o nome), no setor de Revistas, além de jornais que trouxe comigo (que por sua vez, falavam mais da Bundesliga do que do Campeonato Austríaco) encontramos uma publicação austríaca chamada Ballesterer Fussball Magazine.

Revista Ballesterer da Áustria: Napoli de Diego é reportagem de capa.

Revista Ballesterer da Áustria: Napoli de Diego é reportagem de capa.

A capa, teoricamente, era para ser algum atleta da Seleção da Áustria, ou de um time de lá. Não era. A capa era comemorativa, sobre o Napoli de Don Diego Maradona, que, por sua vez, ontem completou mais um aniversário, tentando fazer sombra a Rei Pelé. Não tive dúvidas e também trouxe comigo a revista apesar de não manjar pícaras de alemão.

Assim como acontece com a sempre mediana e quase-sempre ausente das Copas do Mundo nas últimas décadas, seleção austríaca, a vida do Napoli nunca foi das mais fáceis.

A beira do Mar Mediterrâneo e fundado por marinheiros no início do Séc. XX, um calvário em divisões inferiores, uma falência temporária e um longo período de seca no Campeonato Italiano até os anos 80, se contentando até então apenas com Copas da Itália em décadas anteriores.

Vida dura para quem sempre quis ser sombra para os 2 gigantes de Milão, os 2 de Roma e os 2 de Turim. Vida dura, mas que nos anos 80, foi muito mais doce do que triste para os bravos napolitanos do belíssimo estádio San Paolo, o qual sonho em um dia visitar, assim como a cidade.

Capitaneados por Don Diego Maradona, e reforçados pelos brasileiros Careca e Alemão e a base da Seleção Italiana da Copa de 1990, o Napoli chegava a seu maior título no ano anterior a Copa do Mundo em seu país: a Copa da UEFA (atual Europa Legaue) contra o Stuttgart de Klinsmann.

O Napoli, em grande estilo, vencia os alemães no San Paolo por 2×1, gols de Careca e Maradona, e empatava em 3×3 em Stuttgart, no Neckar-Stadion. Um título grande para coroar uma luta mais gigantesca ainda. No mesmo ano, os napolitanos deixavam escapar uma Copa da Itália para a não menos valente Sampdoria.

O Napoli de Maradona: a primeira era de ouro do clube do San Paolo

O Napoli de Maradona: a primeira era de ouro do clube do San Paolo

A história do Napoli, diga-se de passagem, confunde com a de nosso aniversariante de ontem. Assim como Don Diego, a equipe do Mediterrâneo precisou chegar a beira da morte pra poder enganá-la e se fazer imortal.

Quando todos davam Napoli e Don Diego como um caminho acabado na estrada da bola, feito fênix, ressurgem para o nosso cenário. Parafraseando a Nike numa campanha publicitária recente, eles nunca vão morrer. Enganar a morte e se tornar potência internacional de uma vez pra sempre.

E a imortalidade do Napoli, como vimos e dissemos no Dossiê, virou capa de revista na Áustria. Com Lavezzi (que foi para o PSG após o caneco), Cavani e Hamsik, o Napoli derrota a gigante Juventus de Turim, conquista a Copa da Itália e volta a figurar no Planeta Futebol.

Sob a sombra de Diego Maradona em mais um aniversário e o novo (e já saudoso) astro argentino Lavezzi, o Napoli nos executa e apaixona feito uma pizza napolitana ítalo-porteña, meio Tango, meio Tarantella e mostra porque o Futebol, além de ser indestrutível como uma saga mítica italiana e dramático como Gardel, pode e deve voltar a ser global mesmo as margens do Mediterrâneo e na sombra de uma falência.

Lamento profundamente não ter encontrado um cachecol do clube Napolitano pra minha vasta coleção (trouxe vários da Europa, mas do Napoli, não achei nenhum), mas a publicação austríaca ficará, com um puta cuidado e carinho, guardadinha da experiência por lá, aqui no meu acervo futebolístico.

Na Áustria, na Itália, na Argentina ou aqui mesmo em terras Tupiniquins, viva o Napoli de Don Diego, Careca, Alemão, Hamsik, Cavani e Lavezzi.

O Novo Napoli de Cavani, Hamsik e Lavezzi: Campeão da Copa Itália

O Novo Napoli de Cavani, Hamsik e Lavezzi: Campeão da Copa Itália

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Easter Egg da Madrugada – Manchester United x Juventus de Turim, 2003

Pra quem está acordado devido ao fortíssimo calor, e para compensar a nossa ausência, preparamos um “Easter Egg” para nossos amigos assíduos do Blog EU, RADAMÉS Y PELÉ. Principalmente os que adoram uma campanha publicitária com os clubes de Futebol.

Easter Egg, só pra esclarecer, são pequenos e valiosos “brindes” escondidos em alguns locais no mundo digital. Também presente em games e promoções.

O clássico europeu deu uma puta campanha pra Nike nas mãos da Creature de Seattle. Vale conferir.

O clássico europeu deu uma puta campanha pra Nike nas mãos da Creature de Seattle. Vale conferir.

O briefing para a campanha da agência Creature, de Seattle era simples: o cliente era a Nike, e iria acontecer um jogo amistoso em New York entre o Manchester United e a Juventus de Turim, ambos, até hoje, com material esportivo fornecido pela empresa norte-americana.

O objetivo da campanha ? Os clubes se provocarem em anúncios de revistas, que foram transformados em cartazes.

Campanha antiga, impressa, só é encontrada nos anais da Lurzer’s Archive, a revista mais conceituada do mercado de criação publicitária, que traz os melhores anúncios impressos do mundo a cada bimestre. Não adianta procurar no Google. Seria praticamente impossível achar na web. Seria.

Mas não tem problema ! O Blog EU, RADAMÉS Y PELÉ foi buscar em nosso acervo a campanha pra vocês. São oito anúncios impressos e títulos geniais.

Você que ainda não foi dormir, ou está acordando agora, divirta-se. Esta pérola da propaganda e do Futebol Europeu, provavelmente você só vai achar aqui.

Manchester United x Juventus, em NY. Títulos geniais dão o tom da campanha.

Manchester United x Juventus, em NY. Títulos geniais dão o tom da campanha.

 
 

Manchester United x Juventus, em NY. Mais anúncios fodões !

Manchester United x Juventus, em NY. Mais anúncios fodões !

Até mais !

Luís Butti
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Reabram as cortinas do espetáculo ! Voltamos !

Amigos, que ótimo revê-los ! Abre essa cortina porque o Blog EU, RADAMÉS Y PELÉ está voltando após um mês de recesso e merecidas férias, também úteis para análises futebolísticas no Velho Continente durante todo o período de Outubro.

Por razões técnicas e diferentes do prometido, nosso amigo Victor Raphael, mesmo com vários textos prontos, não conseguiu postar nenhum deles. Prometo aos amigos, agora em nossa volta, publicá-los um a um em breve e assim que o mesmo me enviar. Vem coisa legal por aí.

O texto de hoje é breve, curto e quase um teaser do que vem por aí. Valeu a pena esperar. Vários clubes de diferentes países e comportamentos, foram visitados, analisados e documentados por minha pessoa, seja por materiais, fotos ou textos. Fora a experiência de estar lá e conviver com seus torcedores e funcionários.

Cada um destes clubes, nos gerará um Dossiê, onde cada time vai virar texto nos próximos dias. Fique ligadinho no Blog porque o material é vasto. Pra quem gosta de interação de Futebol Brasileiro com Futebol Europeu é um prato cheio.

Outra coisa: Muito obrigado a você, que durante Outubro, não deixou a audiência do espaço cair muito, mesmo sem divulgação. Estamos fincando raízes, graças a cada um de vocês que desde janeiro nos lê, apóia e recomenda.

Um breve até logo. Os dossiês dos clubes começam a ser estudados e preparados no reabrir das cortinas.

Luís Butti
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Fechado Pra Balanço

Fechado Pra Balanço ! Quem apita aqui em outubro é Victor Raphael. Este que vos escreve, está de Férias.

Fechado Pra Balanço ! Quem apita aqui em outubro é Victor Raphael. Este que vos escreve, está de Férias.

Caros amigos do Blog EU, RADAMÉS Y PELÉ, é o seguinte. Conforme havia dito dias atrás, chegou a hora de me despedir temporariamente de vocês. Durante um mês, ficarei fora do país, e por causa disso, longe da internet. Consequentemente, longe também do Blog. O mesmo, durante o mês de Outubro, ficará sobre o comando de Victor Raphael, durante este período.

Pode ser que ele poste os trinta dias do mês. Pode ser que ele poste uma vez por semana. Pode ser que ele não poste. Está absolutamente livre pra postar como e quando quiser, pra polemizar e provocar. Obviamente, dentro do propósito do espaço.

Enquanto isso, quando o relógio marcar 18:00 desta segunda dia 1/10, provavelmente estarei embarcando no voo da Swiss em Guarulhos, rumo a Europa, onde passarei por oito países (Suíça, Alemanha, Áustria, Itália, França, Mônaco, Inglaterra e Portugal).

Ok, Mônaco não é beeeeeeem um país, é um Principado, mas vale. Tem bandeira, tem GP de F1, tem um estilão diferente de se viver. Logo, estou contando como um.

Durante esse mês, quero fazer o mesmo que fiz na Argentina em Abril: estudar o máximo do comportamento do povo local perante o Futebol, a Música e seu Estilo de Vida. E depois, trocar idéia com vocês aqui e nas Redes Sociais. A propósito, o meio menos difícil de me acharem nas poucas horas de web em solo europeu será no Twitter e no Facebook.

Tentarei ir em alguns jogos pra relatar a experiência. Não sei se vai ser possível, diferente da viagem pra Argentina, estaremos em grupo na maioria do tempo e Futebol não é o propósito da viagem. Mas vou fazer o máximo.

Outra coisa: Também tentarei trazer material dos clubes de lá, principalmente os “alternativos” (que pouco se vê nas ruas brasileiras), aqueles de meio-fundo de tabela dos Campeonatos da Europa, pra que a gente poste fotos (ou quem sabe, até vídeos) interessantes sobre o Futebol Europeu aqui no Blog.

Vai valer a pena. O Blog estava mesmo precisando dar uma reinventada, caçar assuntos novos e interessantes, curiosidades, momentos retrôs que poucos conheciam. Talvez essa viagem dê uma oxigenada na pauta e espécie dos assuntos, fugindo da mesmice e do óbvio. Afinal, eu tenho horror ao óbvio.

Infelizmente perderei a oportunidade de fazer posts de momentos extremamente marcantes neste mês, como o Aniversário do Rei Pelé, os 35 anos da Quebra do Tabu Corinthiano de 1977 e a reta final do Brasileirão. Paciência.

Victor Raphael vai cumprir o papel a altura. Tenho certeza que sua veia polêmica e provocativa (até mais que a minha), vai gerar audiências e discussões interessantes a este espaço.

Fiquem com Deus ! O Blog, da minha parte, está durante todo o mês de Outubro, fechado pra balanço.  Em Novembro a gente se vê ! Se Deus quiser.

Grande abraço !

Luís Butti
Twitter: @luisbutti

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Os nove anões (Nanicões)

Caros amigos do Blog EU, RADAMÉS Y PELÉ, principalmente os saudosistas, é o seguinte. Este post não iria sair, mas não consegui ir dormir em paz sem falar desse assunto, que me incomoda de uma tal forma tal qual uma incessante etiqueta na nuca em uma camiseta nova.

Hoje a tarde, saiu na imprensa a relação dos doze estádios da Copa do Mundo da Rússia, em 2018. Copa esta, que irá suceder a nossa, em 2014 e, confesso: não gostei nem um pouco. Não dos estádios, mas de um “pequeno grande detalhe” que 9 dos 12 tem. Ou melhor, não tem.

Eu explico: como não é nenhuma novidade para vocês, sempre fui um defensor ferrenho de grandes Arenas (mesmo nas modernas), com capacidade clássica, na casa de 60.000, 80.000 ou até acima dos 100.000, sejam elas no Brasil, na Rússia ou sabe Deus aonde. Sou a favor de pecar por excesso do que por omissão.

Como corinthiano catedrático, me chateia pra cacete ver a Arena Corinthians (nosso exemplo do post) ser construída pra Copa do Mundo, e com a possibilidade de ficar com apenas 48.000 lugares, e não 70.000 como na Copa (a capacidade real segue em estudo dentro do clube).

Não, não me venham com papinho de média de público, de paixão do  país pelo esporte, de elefante branco (embora esse termo não caiba para o Corinthians de forma alguma). Até chamo o estádio carinhosamente e de forma relativamente pejorativa de “Nanicão”. Não entra na minha cabeça um estádio pro Corinthians com essa capacidade. mas o tema do post não é o Timão.

E eis que vejo os tais estádios da Copa do Mundo da Rússia e uma surpresa triste pros fãs de grandes Arenas, como Maracanãs, Morumbis e Mineirões: 9 dos 12 estádios russos serão MENORES que a Arena Corinthians MESMO SEM AS MÓVEIS.

Já não bastam as outras duas violências contra o Futebol já amplamente comentadas nestes quase dez meses de Blog, (no caso, os jogos com as malditas Torcidas Únicas e os clássicos com 90% x 10%), agora noto que estamos diante de outra praga: os Nanicões.

Nanicões: termo usado para designar Arenas inferiores a 50.000 lugares, que parecem grandes, mas perto de outros, são nanicas.

Estádio de Saransk, pra Copa de 2018. Maravilhoso, porém nanico. Apenas 45.000 lugares.

Estádio de Saransk, pra Copa de 2018. Maravilhoso, porém nanico. Apenas 45.000 lugares.

Caras, vocês tem noção do que é isso ? Eu achava que se tratava de uma elitização, e até certo ponto uma “higienização” (leia mais sobre o termo em notícias da política de alguns anos atrás) que se fazia necessária pra Copa do Mundo de 2014, mas eu começo a achar que não.

Vejo que a maldita mania de reduzir tudo pra 35.000 a 45.000 pessoas está ganhando o mundo. Estão invertendo o processo. No meu tempo, era gigantismo, depois buscava o povo. E funcionava relativamente bem, tanto no Brasil como lá fora.

Hoje virou nanicolismo, pra garantir aquela pequena quantia. Ou seja, é ridículo. Um pensamento pequeno, medíocre, tanto de brasileiros como de russos, e que não acredita no desenvolvimento econômico e social dos países.

Nota: perceba que tanto Brasil como Rússia, fazem parte do BRIC, países com enorme potencial para desenvolvimento, onde tudo isto refletiria diretamente no Futebol e demais manifestações populares de cada país.

É óbvio que o potencial de se encher os estádios varia de país para país, seus interesses pelo esporte e seu poderio econômico (daí entra ingresso, condução, custo de vida, milhões de fatores), mas, por mais que sejamos pessimistas, os estádios estão pequenos pra cacete. Estão mais bonitos, é verdade. Mas estão sim, nanicos.

Triste. Dói o coração ver acontecer mais esse crime contra o esporte. Estamos indo na direção certa em alguns aspectos e na direção errada em outros. Torço e faço côro pra que essa Copa do Mundo de 2014 e o que virá após a mesma, sirva de alerta sobre o tamanho de alguns estádios, que podem sim, ser maiores.

Que a procura seja muito, mas muito maior do que os estádios suportem. Quem sabe assim, a gente possa ver ampliações para a casa de 55.000, 70.000, 80.000 (vai, não precisa ser gigantão como o Camp Nou ou o Azteca. Apenas ser um pouquinho maior do que estão). Mas, do jeito que está, tá complicado. E bastante incômodo.

Resumindo, o que o Futebol está fazendo com si mesmo é como eleger uma Miss Universo Anã.

Complicado. Bastante complicado.

Até mais !

Luís Butti
Twitter: @luisbutti

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A Falência e a Falácia – O Retrato de 1987

1987, ah, o famoso ano da Taça das Bolinhas.  Da Copa União. Ano de uma polêmica fantasma que a mídia inventou, que pernambucano engoliu e que sinceramente não existe. Mas, principalmente, o ano em que o Futebol quebrou e renasceu.

O Blog EU, RADAMÉS Y PELÉ revê o ano em que o Futebol precisou levar um susto pra virar o monstro financeiro que é hoje. Frustrados pelo fracasso da maravilhosa, pero derrotada,  Seleção Brasileira em 1982 e 1986 e somados a um terrível cenário econômico do país e um escândalo de loterias esportivas anos atrás, o Futebol Nacional entrava em colapso.

Já dava as primeiras mostras de colapso quando, sabe Deus porque, a Final do Brasileirão de 1986, entre Guarani x São Paulo, vencida pelo Tricolor Paulista, foi disputada apenas em Fevereiro de 1987. A CBF não reunia condições morais e financeiras de realizar um Campeonato de alto nível.

Juntaram então, a Globo, a Varig, a Coca-Cola, a Editora Abril, os 13 maiores clubes do país (os 4 de SP, os 4 do RJ, os 2 de MG, os 2 do RS e o Bahia, que posteriormente formariam o Clube dos 13), mais Goiás, Santa Cruz e Coritiba, (os mais populares de três outras praças), totalizando dezesseis. Sem explicação, caíam fora o Guarani, vice-campeão de 1986 e o América RJ, terceiro lugar. Fechou o grupo e nascia a Copa União.

Com exceção de Flamengo e Corinthians, estes, por sua vez, já com patrocínios e se recusando a trocar, todas as equipes da Copa União trouxeram Coca-Cola na camisa.

A CBF não gostou nem um pouco e tentava atrapalhar não cedendo os árbitros, pois ficara com o desinteressante Módulo Amarelo, com equipes, na maioria delas, semi-amadoras, de estados que até hoje não se pratica o Futebol Profissional com capricho como Acre, Mato Grosso, Alagoas e Espírito Santo e um Campeão Brasileiro de mentira. Uma Falácia.

Mas mesmo assim, a fórmula era um sucesso, com exceção dos números. Sim, os números foram um fracasso. Até hoje é a pior média de público da história do Brasileirão, mas essa “Falência” nos fez aprender algumas coisas muito importantes, as quais, citamos abaixo.

– Era o fim dos atrasos nos jogos de Futebol. Os clubes tinham multas a pagar caso os jogos atrasassem.

– Patrocínios e Transmissão. Talvez sem Copa União, o Futebol quebraria de vez, sem a Globo e as grandes marcas.

–  Futebol Brasileiro inexiste sem a Globo, salvo em casos extremamente esporádicos, de Finais. Não contamos o total desses casos numa mão.

– Só jogões. Nada de nanicos no meio dos gigantes estaduais (assunto que por sinal, já discutimos no Blog meses atrás).

– O Flamengo vencia o Internacional e era Campeão Brasileiro. De forma legítima e genuína.

E o Sport Recife ?

Caros, exceto na cabeça de meia dúzia de dirigentes, o Sport Recife nunca foi Campeão Brasileiro de 1987. Que me perdoem os torcedores do rubro-negro de Pernambuco, mas tudo não passa de uma Falácia anti-popular. Aceitem isso.

No ano, a bola não estava mais com a Falida CBF. Estavam com a Globo, com os clubes e com os patrocinadores. Futebol é um assunto de esferas populares, que se decide pelo povo, nunca por cartolas. O título do Flamengo aconteceu com o povo como testemunha. O “título” do Sport Recife não aconteceu. Em 1987, a CBF não apitava em nada.

 

Para a história do Futebol de verdade, ficam os clássicos, as transmissões na Globo, o gol do Bebeto em Taffarel e o Maracanã em Festa.

Para as falácias, um Futebol Falido, no esquecimento, quebrado e devedor da CBF é o grande retrato do trunfo do Sport Recife.

Talvez, este retrato também sirva para comprovar que foi ali que o Futebol renascia, feito criança, lotava Maracanãs e dava lucro.

Outra coisa: Note que, a partir dali, exatamente a partir dali, o Futebol do eixo Sudeste-Sul engrenava financeiramente enquanto o do Norte e Nordeste desaparecia e quebrava ano após ano no Brasileirão. O título do Bahia no ano seguinte parecia ser o último momento de estrelato de um clube dessa região.

E o que fica para nós no ano conturbado mas que serviu de lição, é que em 1987, quem mais lotava o Maracanã não eram os astros da bola, mas sim, a criançada do Trem da Alegria.

Provavelmente, sem querer, uma simbologia velada de um Futebol Criança, que renascia em 1987 após a lição que dava na CBF. O profissionalismo engatinhava para quem acreditava no Futebol Brasileiro.

 

Até mais !

Luís Butti
Twitter: @luisbutti

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