Post Rápido: London, London

Didier Drogba. O mundo hoje é dele. Ou, pelo menos, está de olhos nele.

Didier Drogba. O mundo hoje é dele. Ou, pelo menos, está de olhos nele.

Era uma vez um sorriso. Sorriso que, num certo sábado, resolveu ir para a Inglaterra. Mais precisamente, Londres.

Londres, que ganha no ano de 2012 o título de cidade mais feliz do mundo. Além de ser a cidade-sede da Olimpíada, que está para chegar, também festeja no Futebol. Afinal, há algumas horas, o Chelsea é Campeão da UEFA Champions League ao vencer o Bayern München nos pênaltis após um dramático empate em 1×1 em pleno Allianz Arena, em München.

E, como se fosse algo programado, a história do esporte foi perfeita com Londres. No ano em que realiza a Olimpíada, vê um clube de seus domínios vencer, pela primeira vez em sua história o torneio mais cobiçado da Europa, com direito a eliminar o Barcelona na Semi-Final.

Ninguém esperava, caro leitor. Não venha me dizer que muita gente apostou nos Blues no início da UCL, e muito menos em Londres anos atrás, na disputa para sediar os jogos, porque poucos realmente acreditavam. Eram zebras e venceram.

Não foi fácil. O Bayern München abria o marcador faltando menos de 10 minutos para terminar o jogo. Não era problema. O marfinense Drogba empata. E, na prorrogação, pênalti para o Bayern München. Cometido por quem ? Por Drogba, mais uma vez, assim como na semi-final contra o Barcelona.

Parecia o fim. Não era. O milagre da história acontece e Cech defende a cobrança de Robben. E, assim leva tal disputa para a decisão por Pênaltis. A bola iria para a marca de cal novamente, por mais algumas vezes. Marca de cal, que iria mudar a história daquela decisão, tão propensa a um triunfo germânico.

E após gols e defesas de ambos os lados, quis o destino que Didier Drogba, um negro, no território alemão, fizesse o último gol da disputa, dando o caneco aos londrinos e destronasse os alemães dentro de seus domínios, lotado por seu povo.

Exatamente naquele país que viu outro negro mandar Hitler pra casa e calar os germânicos: o atleta negro Jesse Owens, nas Olimpíadas de 1936, em Berlim, numa alusão perfeita e atemporal feita pelo meu amigo Júlio Augusto (@julioatlante).

Jesse Owens, o primeiro negro a calar os alemães.

Jesse Owens, o primeiro negro a calar os alemães.

No ano Olímpico, Londres, representada por outro negro, surpreende o mundo e, merecidamente, a Terra da Rainha é coroada, pelos homens azuis do Chelsea. O sonho, que parecia impossível, agora é real e os Blues são Campeões da Europa. Quando o Big Ben anunciar a meia-noite, a abóbora do futebol feio e raçudo se tornará o pedaço mais precioso do Futebol Europeu.

Feito fábula, onde todos (ou, quase todos) irão sorrir ao seu final. E o agora Campeão, Stanford Bridge irá viver feliz para sempre, num sábado qualquer de um ano esportivo que jamais acabou para os londrinos.

Até mais !

Luís Butti
Twitter: @luisbutti

 

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